O poder e a importância do Voto
Tal como na vida, na qual as pessoas não se medem aos palmos, na
política também tem dessas coisas.Portanto votar neste ou naquele candidato,
não pressupõe que tenhamos que presta-lo vassalagem por isto ou aquilo, ignorando
as aspirações e anseios de que primeiro está o país acima de tudo e depois é
que se seguem outros interesses.
Nesse contexto, para um cidadão que se preze como um verdadeiro
patriota, não deve trocar os direitos com as suas necessidades; isto é bajulando!
Também é sabido que o melhor amigo é aquele que nos aconselha, quando
estamos errados e não bajulando-nos.A título de exemplo: usamos uma camisa mal
engomada, para um bom amigo, aconselha e repara a falha.Mas para bajuladores,
tudo é aceitável, só lhes interessa o egoísmo que os norteia, para colherem os
seus proventos aos menos incautos.
Fiz essa pequena passagem, apenas para elucidar o eleitorado angolano
de que o voto é um direito supremo de qualquer cidadão no planeta terra. O
mesmo não deve ser confundido como favor a este ou aquele candidato, tenha ele
fundos e mundos; porque não votando em consciência, estaríamos a comprometer
todo o processo da construção de uma nação democrática que tantos almejamos.
O que conta para a eleição dos candidatos, são os programas e ideais
que devém ser apresentados aos eleitores de uma forma transparente, responsável
e abrangente.Tal como aconteceu nos Estados Unidos da América com o candidato
democrata as eleições presidenciais (Barack H. Obama), que deve servir de guia
para os outros países, onde muita das vezes existe a chamada concorrência
desleal que não contribui em nada para a consolidação da democracia; com grande
realce para os meios de comunicação social, que são visados a desempenharem o
seu verdadeiro papel que é o da imparcialidade, actuando como veículos para uma
informação isenta, exemplar e imparcial e não como meras caixas de ressonância,
seguindo objectivos nocivos e inconfessos que depois descambam em descrédito
total.
Numa disputa eleitoral, deve se evitar excessos como: fanatismo,
masoquismo e manipulação, tanto dos eleitores assim como dos seus agentes
eleitorais, para que o processo seja livre, transparente e justo.Assim o país e
povo ganharão muito com esse bom exemplo, demonstrado pelos órgãos de gestão do
processo.
Apenas vou citar um artigo (115º) entre tantos outros da nossa lei
eleitoral, que se refere sobre a “liberdade e confidencialidade do voto”:
1.O exercício do direito de voto é livre.
2.Ninguém pode ser obrigado ou obrigar outrem a revelar dentro da
assembleia de voto ou fora dela em que candidato ou lista vai votar ou votou
sem prejuízo da sua admissibilidade para a recolha de dados estatísticos não
identificáveis.
Acabo de fazer menção a uma citação de um dos artigos importantes da lei
eleitoral, como se sabe é a lei que conduz o nosso processo eleitoral. Sendo
assim, havendo violações desse ou de outros artigos serão crimes puníveis,
conforme as sanções previstas na mesma lei.
Portanto o alerta que faço aos compatriotas e eleitores é de seguirem a
risca os bons costumes eleitorais, respeitando e também denunciando e fazendo
punir os infractores, para o avanço da nossa democracia emergente e bem-estar
do povo. Porque não só do pão que deve viver o homem, mas sim de outros
factores preponderantes para o arranque do nosso desenvolvimento e afirmação
como nação Angolana.
Assinado por: Celestino D. Chenda
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